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Quarta-feira à noite.

É sempre essa dúvida. Por mais vezes que passe por isso, continua a mesma questão: Qual o significado deste gesto?

Como se sofresse de um problema na cabeça (hein?) qualquer, desses que matam a alteridade. Como saber? Queria um beijo? Deveria? Poria tudo a perder, se?

Jamais tentaria tal coisa. Covardia? Que seja, há tempos a covardia não significa desonra e há mais tempo ainda não se sabe o que é honra, mais de quinhentos anos, fato que livra brasileiros desse fardo.

Afinal, é respeito? Hipocrisia, talvez? São tantas perguntas.

André estava atordoado, queria amar de novo, como fazer? Não dava para pedir bis na farmácia, isso era certo.

Pensou em Jéssica, mais uma vez. Sempre ouvira falar que se arrependeria, pois ela o amava de verdade. E dá para amar de mentira? Paulo apertou sua mão. Onde você está? André sorriu, ele sabia que dava.

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