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definição

a complexidade das coisas simples eu resolvo com soluções que custam o preço mais alto a se pagar: coragem de resolver.

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Estou ficando louco.

Desculpe, surtei. Hahahahaha. Há muito que não fico assim. Eu ainda não sei se estou gostando ou querendo me matar, ou matar alguém. O fato é que estou sentindo-me vivo. A (o?) dor me faz viver, ponto. Mas dói, droga. Era para chorar? Não sei, eu rio de mim. Vi no Grey's Anatomy que isso pode ser um tumor no cérebro. Mórbido. Meu humor é assim, estranho. Pode ser cansaço. Projetos, aulas, trabalhos, estudos, leituras, trabalho, revisões, contas, distância, proximidade, decisões... é muita coisa para a cabeça e o coração. tilt. tilt. tilt.
Perceber que não se sabe. Como o homem que saiu da caverna platônica. O conhecimento é luz, poderosa como a do Sol, ofusca e dói quando nos atinge diretamente o olho, tudo é desintegrado e some, fica apenas o vazio, o branco vazio, como se a luz viesse para limpar o espaço, deixando-o imaculado, preparando a chegada do que realmente importa. Logo surge um ponto, este começa a percorrer um caminho aparentemente sem lógica, deixando atrás um fino rastro, surgem outros tantos e cada uma seguir sua própria direção e contornos começam a completar-se em formas, estas ganham cores e texturas e logo se movimentam e correm, dançam e voam. A descoberta é um espetáculo. Eu que já admirava a poesia, aprendi que sobre ela nada sabia. A poesia que eu via apenas refletia-me, tal como o lago de Narciso, o que eu não percebia é que, sendo um lago, é naturalmente mais profunda e densa, tem sua própria beleza. Mas diferente do lago que apenas reflete a luz do Sol, a poesia tem um sol dentro de si.

Santo Antônio.

Eram esperadas durante todo o ano aquelas noites. Junho e Julho sempre foram meus meses preferidos, o frio, a neblina, as poucas chuvas. Na vila, o céu era muito escuro e salteado de estrelas. A cidade, privilegiada com sua localização em uma planície, permitia ver a linha do fim do mundo, onde a abóbada celeste tocava o chão do pasto. Às vezes, parecia que a silhueta de uma vaca tocava a luz de uma estrela, mas era só a lâmpada lúgubre da varanda de D. Zefinha. No sítio, todas as lâmpadas eram lúgubres, eu preferia sempre andar no escuro lá na casa da minha avó, suas lâmpadas, de baixa potência, muitas utilizadas com voltagem abaixo do que eram feitas, faziam com que o ambiente ficasse em um lusco-fusco macabro. Eu preferia a luz que vinha de fora, ainda mais depois que o prefeito mandou trocar as lâmpadas públicas por aquelas feitas de vapor de mercúrio, deixando tudo com tons quentes, eu sempre gostei mais das lâmpadas com cores de alta temperatura. No sítio do Compadre Jarbas (mu