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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

No seu tempo, sempre era melhor.

A internet e, mais especificamente, as redes sociais têm sido motivo de frequentes discussões a minha volta. Meu relacionamento é constantemente chacoalhado por causa desse assunto, meu amigos discutem isso, todo mundo discute isso (http://www.youtube.com/watch?v=Q06wFUi5OM8&feature=kp) . O que não falta é o velho "no meu tempo não era assim", "antes as pessoas conversavam olhando no olho", "é uma falta de educação ficar usando o celular na roda de amigos", etc. Os argumentos são sempre apontando para a decadência das relações pessoais, da falta de atenção àquele que está presente em "carne-e-osso", em como as pessoas são dependentes das novidades, em como pessoas que estão ao seu lado são mais importantes que as "amizades virtuais". Começarei pela decadência das relações pessoais: quanto a isso, eu não tenho mesmo argumentos, não porque eu concorde, mas porque eu nunca participei dessas relações pessoais. Antes da internet exi

O valor estimável da réplica.

O valor estimável da réplica. Hoje, dia 4 de fevereiro de 2014, sofremos uma grande perda. O Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo acordou, no meio da madrugada em chamas. O foco e a destruição se limitaram ao Centro Cultural, lugar em que estavam depositadas réplicas de grandes obras de arte como A Pietá e o enorme Davi de Michelangelo entre outras não menos importantes como a Vênus de Milo e o Mercúrio em Repouso. O Centro Cultural estava fechado à visitação pública e, felizmente também por isso, não houve feridos. Quando comecei a trabalhar no Liceu, em março de 2013, minha sala ficava dentro do Centro Cultural. Ali eu passava seis horas do meu dia encerrado corrigindo as redações produzidas semanalmente pelos alunos em companhia de outros corretores. Muitos nos olhavam com pena de ficarmos tão isolados, às vezes se esqueciam de fato que existíamos, mas para mim não havia lugar melhor para se trabalhar, dado meu temperamento introvertido e ao silêncio só experimentados em muse