Ontem ao dormir, minha garganta estava um pouco doendo.
Ao acordar, muito.
E agora? O que eu faço? Cadê minha mãe? O que eu tomo?
Fucei meu potinho de remédios, onde só havia fluoxetina, paracetamol, remédio da tiróide, esparadrapo para o óculos e a dipirona...
Ah... dipirona, acho que era isso que minha mãe me dava. Lembrei que a dosagem tinha algo a ver com a idade, tasquei logo 30 gotas para garantir. Não, eu não tenho 30 anos.
Tomar aquilo foi um ato heróico, foi o ritual de transição do menino para o homem. Jamais pensei que na minha vida tomaria aquele remédio horrível por vontade própria - ok, nenhuma vontade, mas a dor está lancinante - enfim, fechei os olhos e engoli. Veio à cabeça toda a infância e as graças para não tomar aquele remédio, as manhas e as ofertas de minha mãe prometendo algum quitute mais tarde, que ela obviamente nunca fazia.
Agora sou um homem.
E busco no Google uma dica para sarar meu gogó.
Ao acordar, muito.
E agora? O que eu faço? Cadê minha mãe? O que eu tomo?
Fucei meu potinho de remédios, onde só havia fluoxetina, paracetamol, remédio da tiróide, esparadrapo para o óculos e a dipirona...
Ah... dipirona, acho que era isso que minha mãe me dava. Lembrei que a dosagem tinha algo a ver com a idade, tasquei logo 30 gotas para garantir. Não, eu não tenho 30 anos.
Tomar aquilo foi um ato heróico, foi o ritual de transição do menino para o homem. Jamais pensei que na minha vida tomaria aquele remédio horrível por vontade própria - ok, nenhuma vontade, mas a dor está lancinante - enfim, fechei os olhos e engoli. Veio à cabeça toda a infância e as graças para não tomar aquele remédio, as manhas e as ofertas de minha mãe prometendo algum quitute mais tarde, que ela obviamente nunca fazia.
Agora sou um homem.
E busco no Google uma dica para sarar meu gogó.
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