Mudando o assunto triste da idade, ontem estava lendo um livro do Kundera e uma passagem ficou batendo na minha cabeça, até a decorei e escrevo ela aqui, assim, de cabeça: "Hugo falava, falava, e suas palavras queriam ser a metáfora de sua agressividade erótica, o desfile de sua força viril. Havia nelas a disponibilidade que o abstrato precipitara em substituir o concreto inflexível". Vamos trabalhar isso: primeiro que o nome da personagem eu troquei na minha cabeça, pois para mim este trecho resumia os únicos atos que eu via em um conhecido, porém, depois de tanto repetir isso percebi que era eu mesmo, nem Hugo nem outro, só eu. Ou nós três. O fato é que não gostei de perceber o quão ridículos e chatos somos quando queremos alguém.
Vale a pena ler esse livro, e ele me faz ter ganas de voltar à Praga.
Vale a pena ler esse livro, e ele me faz ter ganas de voltar à Praga.
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